Hoje mais uma vez as trombetas estão soando nos "36m2", a exemplo do que aconteceu em 2012 no casamento do meu galego Felipe com a Helen. Desta vez é minha filha Priscila que está se unindo a um jovem "Pedra 90", nascido na região da Champagne, na terra de Napoleão, Messieur Laurent Jeanjean.
Priscilinha saiu de casa com 19 anos para estudar em Campina Grande e desde então seu CEP nunca mais voltou a ser o do seu papai e da sua mamãe. Há 10 anos concluiu o curso de engenharia elétrica e mudou-se para a França dando início a sua vida profissional nas terras do Velho Mundo. Muitas vezes choraminguei calado, contido, escondido, ao ouvir canções como "Lá boheme", "Que c'est triste Venice", "Sous le ciel de Paris", com saudade desta aracajuana vencedora, que tem a perseverança, o foco e a obstinação em tudo o que se propõe a fazer. A França ganhou uma cidadã exemplar e o Brasil o orgulho de ter uma sergipana fazendo bonito neste mundo cada vez mais globalizado.
Nesta jornada pelas terras do bom vinho e da culinária primorosa, conheceu e se apaixonou por uma joia de pessoa, daquelas que encanta todos os que têm o privilégio da sua convivência, Laurent, também engenheiro como ela, cabra carinhoso, inteligente, decidido, perspicaz, excelente "Chef" e bonito. Foi o "anelamento" perfeito do nosso tradicional cuscuz com o delicioso champanhe.
Sua mãe, Madame Arlette, acolheu nossa filha como uma filha querida e este gesto de carinho nos enche de gratidão e felicidade. Da mesma forma, ganhamos um filho francês.
A cerimônia de hoje, à beira mar, neste por do sol de Coruripe, é singela e descontraída, como são noivos, reservada apenas para os familiares e alguns amigos. Nosso desejo era chamar muito mais outros mas a estrutura de hoteleira na região é limitada e impossibilitaria a acomodação confortável de mais convidados.
Como não podia deixar de ser, a mãe da noiva, Mabel, com a ajuda criativa e dedicada da habilidosa filha Michelle, caprichou em todos os detalhes, desde a decoração, simples e de muito bom gosto, aos doces, as lembranças, a escolha do buffef, fornido de frutos do mar, nosso vizinho da frente. É ela a maior responsável pela beleza e o sucesso da festa.
Mais uma vez a cerimônia religiosa foi conduzida pelo prestimoso amigo Enéas que como sempre a fez de forma clara e perfeitamente ajustada ao momento. Os ritos combinaram com o ambiente onde a informalidade é a gerente com o maior "peso de crachá".
A banda que embala o enlace, composta por "Ceguim do Ceará", Beguinha, Norberto, Pinto, Emília, Cliz, Carlos "Pade" e seus filhos Mateus e Rafael, amigos de longa data, entona, nos dedilhados dos violões e no batuque do surdo marcador, o ritmo e os acordes da mais pura e duradoura amizade reinante neste seleto grupo.
Aos agora marido e mulher desejamos toda a felicidade do mundo e que logo venham os netos tão lindos e maravilhosos para que, junto com nossa formosa netinha Giovana, curtam e tomem conta deste pedaço de paraíso.
Por último, queremos agradecer a todos vocês meus amigos, que se deslocaram dos mais diferentes lugares e aqui vieram prestigiar este grande encontro. Estamos honrados e satisfeitíssimos com a sua presença, destacando os novos amigos franceses que de muito mais longe se moveram para dar um abraço e sua benção ao casal que agora une ainda mais estas duas nações amigas. (Pade dedilha um trechinho dos hinos nacionais do Brasil e da França).
Como titula a bela canção do genial Gilberto Gil, "O melhor lugar do mundo é aqui e agora". Vamos comemorar. Que Deus esteja conosco.
18/02/17
