quinta-feira, 18 de maio de 2017

A inteligência e o saber (FB)

Uma das coisas que me dá mais prazer é ouvir, conversar, conviver com pessoas inteligentes. A inteligência é um dom precioso que já vem de fábrica, já se nasce com ela. Ninguém aprende nas escolas ou no decorrer da vida a ser inteligente, no máximo, turbina um pouco este presente da natureza. Sabedoria, cultura, conhecimento, se adquire estudando, lendo, viajando e no do dia a dia mas não torna ninguém inteligente. 

Tive e tenho o privilégio de conviver com caboclos inteligentes como Alfredão, Guilherme, Felipe, Nelson Stanford, Beguinha, o saudoso Paulo Guimarães e por mais que me esforce, jamais atingirei metade do Q.I. destes amigos com massa cinzenta em abundância. Quem nasceu sem este predicado pode até conseguir algum saber mas terá enorme dificuldade em criar e desenvolver alguma novidade, ser referência em alguma coisa. 

A inteligência não depende do tamanho da conta bancária nem de um pedigree pomposo. O mundo tá cheio de inteligentes humildes, descamisados e de toupeiras endinheiradas. Quando pessoas inteligentes resolvem se abarrotar do conhecimento acontece o orgasmo do saber, a genialidade. São pouco os que atingem este ápice da evolução humana. Vou citar apenas um que considero reunir estas duas virtudes: Charles Chaplin. 

Nem sempre a inteligência é usada para o bem mas mesmo assim gosto de admira-la. Acompanhei com atenção as audiências do Mensalão e me encantava com os depoimentos do corrupto Roberto Jeferson. Não queria tê-lo como meu acusador mas certamente o contrataria como meu advogado de defesa. 


A inteligência brota livre, é desburocratizada, sem diploma ou carimbos, brilha no escuro, "erupe" continuamente. Minha paciência e tolerância para ler, conversar, conviver com gente tabacuda estão menores do que o número de membros do sindicato dos obesos de Biafra. 

19/05/17