quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Pós, batons e pincéis (FB)

Terça-feira voltando de São Paulo presenciei uma cena que me chamou a atenção. Quando o comandante anunciou "iniciamos os procedimentos para pouso no Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares, em Maceió.....", uma jovem sentada uma poltrona a frente, abriu uma frasqueira enorme em que cabia uma loja da Sefora e da Slopper, juntas. De dentro começou a tirar dezenas de produtos e apetrechos de maquiagem. 

Durante uns 20 minutos passou de tudo no rostinho já bem bonitinho. Foi pó e ruge nas bochechas, testa, queixo e nariz, rímel nas pálpebras, baton nos beiços, lápis nas sobrancelhas e olhos, esmalte nas unhas. Tinha espelhos côncavo, convexo e iluminado, pincéis pra retoque e pelo menos um do tamanho de uma brocha, almofadas, uma dúzia de pós, pinças, tesouras, algodão, lupa, cotonete, lenço humedecido e o escambau. A habilidade da moça em manusear e compor este arsenal de beleza impressionou quem estava por perto. 
A cada instante ela tirava uma foto e verificava o resultado. A câmara do celular funcionava como um espelho. 

Minha curiosidade foi crescendo a medida que o avião se aproximava da cabeceira da pista. De repente seu boarding card caiu no chão e eu, gentilmente, apanharei-o e, curiosamente, li o nome da passageira. Foi um choque. Lá estava escrito o nome da passageira: "Adolfo Celestino Marques do Amaral". 

Não acreditei no que li. Devolvi o cartão já procurando pelo "gogó" no pescoço da "moça" e lá estava ele maior do que o do Cristiano Ronaldo, escondido sob uma gola rolê. Olhei pro pé e tava lá um 42, de salto 3 1/2. Foi um decepção do tamanho do sopapo que o avião deu no pouso. 

O sobrenome da "jovem" também me chamou logo a atenção. Só pode ser uma parente do casal amigo "Cabeleira" Marques e Tânia Amaral, na há dúvida. Eles deveriam ter me avisado com antecedência para que eu pudesse dar a "ela" a atenção merecida aqui na terra dos marechais. 

Meus amigos, ainda há tempo de reparar este vacilo.

17/08/17