sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Sempre verão (FB)

Na próxima a semana começa, oficialmente, o verão. Aqui nos 36m2 já é há muito tempo. O sol não arreda o pé nem para um nublado refrescante. Ele raramente se esconde, o vento sopra o suficiente pra gastar o desodorante, as nuvens, quando aparecem, são brancas que só a barba de Papai Noel.

O mar está nu e sua pele é azul, lisa, é um verdadeiro “deserto de cabeça pra baixo”, em cima, nada, embaixo, a vida (obrigado Ivo pela inteligentíssima citação). Os 36 “recebe” uma leve maquiagem de Coralit pra ficar mais beldade e receber os filhos, nora e genro que aqui inaugurarão 2018. 

Hoje cedinho atocaiei Chico, pescador sênior da Lagoa do Pau, que chegava do mar onde foi deixar a sua rede para arraste de mais tarde. Me aconselhou aguardar a pescaria de amanhã e escolher umas vermelhas frescas que só Clóvis Bornay (as de hoje já estavam no freezer). 

Depois da gostosa caminhada na praia completamente vazia, particular, um copão suco de caju ou de mangaba, moídos no gelo, talabadas de abacaxi de Sapé, uma rede e daqui a pouco, uma original (umazinha só pra não tirar a glicemia da corrente). Música “ao ponto” agora incrementada com os mais de 50 milhões de opções da Apple Music. 

Mas como tudo na vida empata, a alegria e a energia do raiar do dia me animam, me revigoram enquanto o entardecer e as nuvens avermelhadas do crepúsculo me entristecem, deprimem, agora potencializadas pela “abstinência da neta” e também da mulher que foi com ela passar alguns dias em Natal.  


Esta tem sido a rotina de um aposentado privilegiado, numa terra abençoada pelo Criador. 

15/12/17